sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Apetecendo



Quisera eu um dia, sentar me nas margens da calmaria,
sentir a ventania,
o arrepio que se estendia, a cada gota que em minha face escorria.

Quisera eu saciar me todos os anseios,
aprender que os fins não justificam os meios,
que a sabedoria se sucede dos olhos vermelhos.

Quisera eu ter a humildade,
de enxergar com os olhos da verdade,
que é na simplicidade que reside a mais pura felicidade.

Quisera eu ter a destreza,
de enxergar com clareza,
a solução para toda tristeza.

Quisera eu acordar,
não me preocupar,
olhar pro lado devagar,
e a sua beleza poder contemplar.

Quisera eu não querer nada,
Viver uma vida largada,
e ter uma casa chamada estrada.

Quisera eu desvendar todos os mistérios,
e levar as coisas a sério,
acima de qualquer critério

Quisera eu sentir a dor, chorar o choro,
dormir o sono, morrer a morte.

Quisera eu viver, crescer, resplandecer,
experimentar, flutuar, tocar, derramar, explorar,
saber rimar...

Quisera eu ter a fluência de usar com eloquência,
de argumentar com decência,
me expressar com coerência,
de desenhar com palavras um pouco da minha essência.


Quisera eu...

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