Quisera eu um dia,
sentar me nas margens da calmaria,
sentir a ventania,
o arrepio que se
estendia, a cada gota que em minha face escorria.
Quisera eu saciar me
todos os anseios,
aprender que os fins não
justificam os meios,
que a sabedoria se
sucede dos olhos vermelhos.
Quisera eu ter a
humildade,
de enxergar com os olhos
da verdade,
que é na simplicidade
que reside a mais pura felicidade.
Quisera eu ter a
destreza,
de enxergar com clareza,
a solução para toda
tristeza.
Quisera eu acordar,
não me preocupar,
olhar pro lado devagar,
e a sua beleza poder
contemplar.
Quisera eu não querer
nada,
Viver uma vida largada,
e ter uma casa chamada
estrada.
Quisera eu desvendar
todos os mistérios,
e levar as coisas a
sério,
acima de qualquer
critério
Quisera eu sentir a dor,
chorar o choro,
dormir o sono, morrer a
morte.
Quisera eu viver,
crescer, resplandecer,
experimentar, flutuar,
tocar, derramar, explorar,
saber rimar...
Quisera eu ter a
fluência de usar com eloquência,
de argumentar com
decência,
me expressar com
coerência,
de desenhar com palavras
um pouco da minha essência.
Quisera eu...
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