quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Súplica Silente

       

Não há amanhecer que ilumine mais que o teu olhar,
    Não há relatos existentes de tamanha beleza e esplendor,
    O que seria da vida ordinária se não a observasse através das lentes do amor?
                                  
                                  

- Vazia! Como uma garrafa de Whisky; 
Que saciou a sede e o paladar de quem a bebeu, 
                                  Deixada de canto,
Sem serventia, 
Na sombra de quem entorpeceu, 
E que agora adormece, suspira, esquece, soluça...
                               Assim como o canto do pássaro, 
O assoviar do vento, o ronco dos trovões, 
Não passam de ruídos.



A menos que esteja vestido com a capa da sensibilidade, 

Ruídos passam a ser sinfonias,
A paisagem do horizonte se torna arte,
Tamanha percepção se sucedia
De um retalho de memoria,
De um aroma de um passado a que se fazia parte.
  

Quero me vestir de simplicidade,
Quero me encandear com a luz do teus olhos,
Quero me perder no labirinto das tuas curvas,
Quero matar a saudade,
Quero viver de verdade,
Quero me embriagar nessa voz que me entorpece,
Quero me queimar no teu seio que me aquece...


...Gritava assim, ambiciosos devaneios contidos de um sobrevivente que não mais ousava sair da sua zona de conforto, e preferiu não arriscar...Por dentro um mar de ressaca, por fora, a calmaria de um lago, de águas profundas onde não se deixava mais que ninguém as mergulhasse.


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